Peter Szondi (1929-1971), autor de "Teoria do drama moderno" e "Ensaio sobre o trágico", entre outros. Sua "teoria da mudança estilística" aprofundou os desenvolvimentos da tradição dialética, de Hegel, Georg Lukács e Walter Benjamin. Publicando sua foto, o blog presta uma homenagem ao trabalho de Szondi e lembra dos 40 anos de sua morte, em 18 de outubro.

domingo, 21 de novembro de 2010

Dia da Consciência Negra

Ontem foi dia da Consciência Negra. 20 de Novembro. As grandes empresas que às vezes fazem também jornalismo, poderiam ter discutindo, ao longo de todo o mês, as questões da população negra (mas não era o 20 de Setembro, não é?).

Um dos motes poderia ser a discussão em torno do racismo na obra de Monteiro Lobato. O problema é que ao invés de tomar um aspecto de conscientização e debate, o racismo apresentado por certos intelectuais se tornou alvo de uma discussão que tenta argumentar as vantagens de não discutirmos.

A revista Veja, cada vez mais afundada na estupidez de sua posição política, saiu com uma sequência de chiliques lastimáveis, entre os quais o do Augusto Nunes e o da Lya Luft. Não vou argumentar a razão de os textos serem chiliques e serem chiliques lastimáveis já que a escritora Ana Maria Gonçalves o fez com sabedoria.

É artigo fundamental pois tem a grandeza de levar o debate para a esfera pública e incitar mudanças nas instituições nas quais os pensamentos racistas são construídos e circulam. Do lado oposto, estão sempre lá os que acham que não precisamos fazer nada, que o racismo vai acabar por si mesmo (desde que continuemos lendo a Veja e o Monteiro Lobato?), e até os que pensam que o Brasil não é um país racista.

Coloco na roda, ainda por causa do Dia da Consciência Negra, um artigo de Milton Santos, escrito em 2000. Ao invés de nos afundarmos na sandice e no silêncio, temos a possibilidade de ler e discutir material produzido por vozes que, legitimamente, lutam contra a sandice e o silêncio.

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